"Mutilam-se corpos, sacrificam-se versos, e a citação promove a circulação do sentido, que dependerá do lugar em que foi enxertado. A atitude do guarda-florestal escandalizou o público leitor da revista por ter tomado ao pé da letra a prática da citação que todos, sem exceção, exercem: selecionar, cortar, colar e recompor os textos conforme o recorte pessoal." (Eneida Maria de Souza: O século de Borges. 1999, p. 42. Ed. Autêntica/Contracapa)
“'Leio com a tesoura nas mãos, e corto tudo o que me desagrada'. Sua biblioteca consistia em um amontoado de fragmentos da literatura mundial. Ao cortar livros, o guarda-florestal repete o gesto artesanal da leitura e da citação. O manuseio do papel, tesoura e letras simboliza o ato de leitura como expiação e dilaceração." Este trecho de O Século de Borges (Eneida Souza) é uma das intenções do blog: perder-se nos labirintos das bibliotecas e contar o que delas restou em nossos esquecimentos.
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